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Foto: Andrea |
Hoje estava saudosa (na verdade acho que aqui estou sempre saudosa, incrível, já morei fora várias vezes e nunca fiquei tão sentimental como nesta viagem!) e voltei para casa sozinha (o marido estava passeando com o "cumpadre") depois de um dia daqueles e fiquei com vontade de ligar para casa, ouvir a voz da minha mãe ou do meu pai, vozes conhecidas e tão amadas por mim. Infelizmente nenhum deles estava em casa. Peguei o ônibus e, quando cheguei em casa, havia uma enorme caixa na porta. Achei que era alguma encomenda para o "cumpadre" levar para o Brasil. Como ninguém me avisou de nada e a caixa estava em meu nome, resolvi abrir.
Era esta cesta MARAVILHOSA enviada pela minha família, para "complementar minha ceia de Natal". Nossa, desabei. Chorei igual criança. Dor no peito de saudade. Sentimento novo, apesar de ser o quarto Natal longe da minha família. Liguei para o marido para contar e chorei mais um pouco. Ele não entende, acha que estou triste e quero voltar. Não é isso! Estou feliz aqui e não quero voltar antecipadamente, de jeito nenhum, mas é uma saudade forte que dói e faz a gente chorar (aprendi que ao invés de ficarmos fortes com o tempo, ficamos mais amolecidos!).
O dia que o cumpadre chegou ele trouxe um presente muito lindo dos meus pais, juntamente com uma carta escrita a mão (fala que estas coisas pessoais não são muito mais especiais?) Foi só eu começar a ler para chorar...
Agora entendo minha mãe em nossa longa viagem pela China quando ela chorava de saudade e eu ficava meio preocupada sem entender. É uma saudade que, apesar de ser doída, é boa, porque é a falta de um amor que, graças a deus, temos em nossas vidas!
Família, AMO MUITO VOCÊS!