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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Para Roma, com Amor!


Há algumas semanas assisti o novo filme do Woody Allen "Para Roma com Amor" com minha sogra e o marido no cinema. Fui sem muitas expectativas, pois algumas pessoas já tinham me dito ou que não haviam gostado ou que nem se comparava com o "Meia Noite em Paris" (lembram que falei deste AQUI?).

Eu me surpreendi e adorei! Sabe aqueles filmes engraçados e despretensiosos mas que te fazem rir gostoso no cinema? Para mim foi assim! Claaaro que não dá para comparar com o "Meia Noite em Paris" que tem um enredo super bacana e cheio de morais. O novo filme tem um roteiro mais solto, mais "brincalhão", sem tantas ambições e referências artísticas do filme anterior. Mas, não deixa de ter idéias ótimas de sobra!!!!


Achei legal também ele ter feito um filme com características tããão diferentes um do outro! E é isso que mostra o quanto o cara é um cineasta fenomenal, que pode mudar totalmente de estilo, mas sempre com qualidade e com o dom de nos surpreender de alguma forma. Nunca o filme é aquilo que você espera!

O filme conta 4 histórias diferentes, que não se cruzam (algumas pessoas queriam que se cruzassem no final, mas ai seria tão clichê, não?). 

Tem a história dos recém-casados do interior da Itália que querem começar a vida em Roma, e o marido, por um mal entendido, acaba se envolvendo com a personagem de Penélope Cruz, que está ótima no papel de uma garota de programa, e linda, como sempre. 


Woody Allen também trabalha no filme e interpreta um produtor musical aposentado que vai a Roma conhecer o noivo da filha, um advogado comunista. Ele odeia estar aposentado e quando conhece o pai do seu futuro genro, um italiano simples que adora cantar óperas no chuveiro, acha que descobriu o novo Luciano Pavarotti. Woody Allen está engraçadíssimo neste personagem e me rendeu muitas gargalhadas!


Roberto Benini faz o papel de um sujeito comum, que começa a ser perseguido por papparazzi, uma crítica as celebridades instantâneas.


E a história de um triângulo amoroso, onde um jovem arquiteto interpretado por Jesse Eisenberg se apaixona pela melhor amiga da namorada (Ellen Page), e fica recebendo conselhos do personagem de Alec Baldwin, um arquiteto famoso que havia morado em Roma quando jovem. Achei esta parte bem interessante, pois, para mim, os personagens de Baldwin e do Eisenberg podem ser versões da mesma pessoa em idades diferentes.


O trailer do filme:



Definitivamente vale o ingresso do cinema, para distrair (e não para esperar um filme com uma trama genial)!


Eu garanto boas risadas!!!!!

Um comentário:

  1. Concordo contigo Drouzita, e digo mais, esse filme é genial! Muita gente não entendeu que os clichês foram de propósito. Nele há confrontos de forma irônica entre PÚBLICO x PRIVADO, EMOÇÃO x RAZÃO, COLETIVISMO x INDIVIDUALISMO... As evidências ficam claras com as pistas deixadas nas citações.

    Por exemplo, Howard Roark, personagem principal de "A Nascente" (The Fountainhead), um clássico de Ayn Rand, a filósofa criadora do Objetivismo. Pouca gente conhece Ayn Rand, porém a obra dela, mesmo que discutível, é brilhante. E no filme há diversas outras citações que desenham a mensagem principal, o x da questão.

    Para mim a intertextualidade ficou evidente com o papel que o próprio Woody Allen representa: um sujeito a frente do tempo. E de fato, é um filme a frente do seu tempo, porque muita gente não entendeu nem vai entender o que está por trás de todas as ironias, as críticas, as imperfeições caricatas de cada personagem, de cada elemento da história. Reflexões, piadas e paranóias, enfiim, um filmaço!

    Todos os personagens pensam ser ou tentam se passar por algo diferente do que são. E Roma, afinal, é o lugar perfeito para isso, com seus belos cartões postais enfeiados pelas hordas de turistas, e seus restaurantes-arapucas cheios de gente de classe média remediada pagando de ricaços em mesas nas calçadas, e toda aquela bela e sábia civilização arrasada e reduzida a ruínas.

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